domingo, 26 de abril de 2009

Meio Ambiente: quando falta competência, iniciam as represálias
















































“Lixão é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. O mesmo que descarga de resíduos a céu aberto”. (IPT, 1995).


A vila e o lixão da Barreira estão em uma área completamente abandonada pelo Poder Público de Esteio. Lá as pessoas convivem diariamente com muita lama, fezes, lixo de todos os tipos, pedras, buracos, esgoto a céu aberto e animais mortos pelo caminho. A vila tem um expressivo número de moradores, onde inclusive as crianças dividem o espaço interno das “casas” com animais de grande porte: cavalos, por exemplo.

“Aqui na Vila da Barreira quando está chovendo, não dá para descer nem subir”, não dá pra entrar nem sair sem ficar atolado no barro ou nas fezes, queixa-se um morador.

Outra reclamação é a irregularidade na coleta de lixo. Os caminhões coletores não entram na maioria das ruas e becos da vila e a sujeira fica acumulada em quase todos os locais. “O caminhão não passa aqui nessa rua, já fui à prefeitura e falei até com o secretário, mas até agora ninguém fez nada”, diz um morador que não quis se identificar para não sofrer represálias, pois utiliza o posto municipal de saúde.

Não há condições mínimas de higiene, nem rede de esgoto e pavimentação. Está na hora de alguém tomar uma providência, porque os moradores da Vila Barreira, onde existe um grande número de crianças, não merecem tanto sofrimento. A maioria do pessoal está desempregado, alguns vivem abaixo do nível de miséria, sem saneamento básico, assistência médica e as mínimas condições para viver com dignidade.


Uma grande área de terra na Vila da Barreira está sendo utilizada para disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. O município de Esteio e a empresa proprietária da área, segundo alguns moradores, utilizarão o local para a construção de em loteamento residencial popular. Muitos esteienses criticam a prefeitura por não preparar nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos, deixando que o chorume, aquele líquido preto que escorre do lixo, continue penetrando pela terra levando substancias contaminantes para o solo e possivelmente para o lençol freático. Mosquitos, baratas, moscas, aves, cães, gatos, cavalos, ratos e pessoas, convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto da barreira esteiense e pior ainda, já fotografamos várias crianças, adolescentes e adultos, entre animais mortos, catando materiais recicláveis para uso próprio e venda (Veja nesse blog as postagens dos meses anteriores). No lixão da Barreira de Esteio, assim como em vários outros depósitos "clandestinos" de lixo espalhados pela cidade, o lixo fica exposto sem nenhum procedimento efetivo das Secretarias Municipais do Meio Ambiente, Vigilância Sanitária e Limpeza Urbana, que evite as conseqüências negativas para a comunidade e o meio ambiente.


Quando falta competência, iniciam as represálias e injustiças


Estou acostumado a fazer críticas através da imprensa, principalmente nestes últimos 33 anos, e infelizmente receber represálias justamente de quem deveria ter competência para solucionar os problemas aqui apresentados.


Informo aos leitores deste blog e à comunidade esteiense que não demorou muito e já começou a perseguição política por parte do Partido Democrático Trabalhista (PDT-Esteio) que indicou o Secretário Municipal do Meio Ambiente e que faz parte da atual Administração Municipal.


Parabenizo o prefeito Gilmar Rinaldi (PT) que tem acompanhado este blog e que, dentro do possível, resolvido a maioria dos problemas aqui apresentados. A comunidade agradece.


O que você acha desta situação?
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Esteio: Poluição das Águas










As sangas e os arroios de Esteio não têm mais peixes, todos morreram antes de chegar ao Rio dos Sinos por que tem muita poluição vinda dos esgotos domésticos das casas e das indústrias das cidades de Esteio e Sapucaia do Sul. A sujeira vai toda para o Rio dos Sinos e o que muita gente não sabe é que as sangas contribui para isso.

Os peixes que habitavam as sangas e os arroios de Esteio já morreram porque tem muitos produtos químicos e esgotos sendo despejados nas sangas, arroios Esteio e Sapucaia e no Rio dos Sinos. A sanga da São Jorge poluída por despejos domésticos desemboca no Arroio Nazário, que despeja seu lixo e água contaminada no Rio dos Sinos e polui-o mais ainda. A água já vem contaminada dos bairros Bela Vista e Boa Vista de Sapucaia do Sul.

A sanga da São Jorge apresenta-se bastante degradada por esgotos e lixo doméstico e industrial, tendo suas margens ocupadas por sub-habitações e construções irregulares. Os poderes públicos de Esteio e Sapucaia do Sul deveriam mobilizar a comunidade para um grande mutirão de limpeza desse arroio que é uma dos poluidores do Rio dos Sinos.

Os traçados que as sangas e os arroios fazem são bastante complicados no interior de Esteio, em alguns lugares, seguindo por entre as casa, praticamente coladas umas as outras, nos fundos da área de terra da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Esteio, passando pela Av. Pres. Vargas e rodovia BR 116 o que dificulta o acesso.

Espero que as nossas autoridades identifiquem de onde vem e quem está despejando esses resíduos químicos, lixo e fezes no arroio. Entretanto, ainda acreditamos no despertar do bom senso e responsabilidade dos esteienses e sapucaienses que ainda jogam efluentes não tratados nas sangas, nos arroios e no Rio dos Sinos, poluindo os nossos recursos hídricos.

Este ato de lançar rejeitos industriais nos arroios pode ser comparado ao sujeito que dá um tiro no próprio pé. Será que ele ainda não se deu conta que está poluindo a água que depois de tratada, vai voltar à torneira de sua casa para matar a sua sede, além de servir para dar continuidade seu empreendimento? Pensem no compromisso e responsabilidade com o nosso meio ambiente, antes de jogar qualquer tipo de poluente nos nossos arroios.