domingo, 2 de agosto de 2009

A desigualdade social em Esteio é um problema que penaliza centenas de pessoas que vivem em estado de miséria
























“Os pobres no Brasil foram utilizados como “moeda eleitoral”, tratados como “top model” apenas em dia de eleição e depois esquecidos”.
(Frase de Luiz Inácio da Silva
– Presidente do Brasil - Fonte: Clipping Ministério do Planejamento).

Centenas de famílias moradoras das vilas na cidade de Esteio se deparam com a falta de resposta do Poder Público para suas necessidades, por vezes urgentíssimas, devido ao abandono em que se encontram. São apenas aquelas pessoas que moram nas áreas “residenciais” em que a intervenção do Executivo Municipal não se faz presente. Os projetos em favor dos pobres um dia tem que sair do papel, as infindáveis reuniões administrativas e políticas partidárias deveriam trazer resultados positivos, os projetos virtuais que nunca se realizam e as promessas eleitorais. também deveriam ser cumpridas. É essencial que uma iniciativa concreta e urgente seja tomada.

Não prestar atenção à questão de moradia, saúde, educação e segurança para a população pobre de Esteio é o principal fator que aumenta a miséria na cidade. A população pobre e operária é uma parte preponderante, senão a maior, da comunidade esteiense. Os pobres são esquecidos completamente pela maioria dos políticos, principalmente depois das eleições municipais, pelo mercado de trabalho formal e pelo planejamento do governo. Aqui em Esteio eles terminam morando nos piores lugares possíveis; na margem dos arroios, Rio dos Sinos, barreiras, hípica, em baixo dos viadutos e nas calçadas. Para evitar a exploração dos especuladores e sem ter as menores condições de pagar preços exorbitantes por pequenos pedaços de terra, invadem áreas verdes, banhados, terrenos baldios e prédios abandonados.

O Poder Público Municipal pela falta de ações concretas nas vilas, tira dos pobres todos os seus direitos, até os mais essenciais, como alimentação, saúde e moradia. O governo deveria oferecer políticas mais criativas e mais ousadas na questão da moradia, saúde pública, saneamento básico, educação e segurança, para impedir que nos próximos anos a miséria humana se multiplique em Esteio. A desigualdade social ainda é um dos maiores problemas dos esteienses e penaliza sobremaneira centena de pessoas que vivem em estado de miséria, onde muitos passam fome. Aqui em Esteio, muitas crianças pobres saem de casa sem tomar café da manhã, contando com a merenda escolar e não sabem se terão o que comer na hora do almoço.

Ao andar pelas vilas de Esteio (o que a maioria dos políticos não fazem depois das eleições), repletas de conjuntos de habitações populares toscamente construídas e com recursos higiênicos deficientes, não raro nos deparamos com situações extremamente comoventes. São crianças com visíveis problemas de saúde, barrigas deformadas, possivelmente pela incidência de germes, famílias almoçando água com polenta de farinha de milho, pão velho com banana, idosos doentes morrendo a míngua e muita gente cansada de esperar consulta, medicamento ou exame médico nas filas da saúde pública, sofrendo sem qualquer assistência médica ou social. São pessoas que a maioria dos políticos e a sociedade em geral fingem que não existe, mas elas existem e são de carne e ossos, com a auto estima arrasada, apenas não possuem voz. Estão lá nos seus barracos, nas favelas em Esteio, esquecidas até que alguma delas furte um pedaço de pão para saciar a fome ou um medicamento para curar a doença de um filho, ser presa e virar notícia na mídia.

Não me recordo de ter assistido, pelo menos recentemente, alguma ação efetiva, concreta do Poder Público Municipal para solucionar definitivamente o problema da fome, habitação, saúde nas vilas do nosso Município, realizando uma ampla abordagem trazendo causas, conseqüências e formalizando soluções na prática.

Na imprensa são publicadas, apenas matérias rotineiras sobre construção dos novos e luxuosos prédios públicos, cobrança de taxa de iluminação, ampliação de luxo em um hospital municipal que não oferece médico Pediatra em pleno rigor do inverno, viagens e mais viagens, aquisição de novos e modernos veículos, aumento do número de funcionários em cargos de confiança, shows artísticos, ampliação da malha ou anel rodoviário e, o mais inquietante, acordos, coligações ou conchavos políticos entre partidos tradicionalmente adversários, ou seja, assuntos que não interessam a quem está morando em favela, sem alimentação decente, saúde e segurança.

Os políticos de Esteio precisam abrir os olhos para nossos irmãos esteienses que não possuem dinheiro para comprar o mínimo necessário para matar a sua fome e a dos seus filhos. Pessoas que moram nas vilas miseráveis, que desconhecem qualquer tipo de lazer, vivendo apenas para comprar o mínimo do básico para sobreviver.

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