quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Expointer: pessoas e pedras em baixo do viaduto da BR 116





















Depois da polícia e das pedras os mendigos voltaram, estão lá, embaixo do viaduto da BR 116, defronte ao Parque de Exposição Assis Brasil - Expointer, no centro do município de Esteio.

Não adiantou nada chamar a polícia e colocar enormes pedras para impedir a presença das pessoas carentes, em baixo do viaduto, durante o período da Exposição Internacional. Eles (fotos), que são vítima da desigualdade social e da falta de perspectivas, não são os únicos moradores de rua que adotaram o viaduto da Expointer como lar. O local é inadequado, sujo, barulhento e inseguro e agora cheio de pedras. No entanto, eles estão lá, alegando que aquela é a única perspectiva de vida que ainda lhes sobra.

Homens, mulheres e crianças usam o outro viaduto, próximo a Expointer/Petrobrás, na divisa com o município de Canoas como moradia. Eles vivem há vários anos naquele local, em condições sub-humanas e nenhum órgão do governo do Estado ou do município de Esteio – “Cidade mais Humana”, até hoje tomou alguma atitude preservando a dignidade destes necessitados.

A rotina da família se resume a pedir dinheiro para comprar comida e tentar sobreviver. Eles não têm moradia, dinheiro e, ás vezes, falta até comida. O que ainda resta, no entanto, é a dignidade e a esperança de continuar sonhando com dias melhores.

Seria bem melhor esquecer a polícia e as pedras, mobilizando as Secretarias de Assistência Social, Saúde e Habitação, para atender às necessidades destes moradores de rua que não dispõem de recursos suficientes para sair desta situação, encaminhando em algum programa de habitação popular, orientando para um programa de qualificação profissional e incluindo em alguns programas da rede sócio-assistencial. Afinal, o que eles necessitam é de inclusão social, não de pedras ou polícia.

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