quinta-feira, 23 de julho de 2009

Prédio da incubadora abandonado e com cheiro de “gato”?























A incubadora de cooperativas ou de outros empreendimentos populares, inaugurada em Esteio expressava a efetivação da idéia de que os governos Federal, Estadual e Municipal poderiam contribuir, de forma expressiva, para a organização dos setores empobrecidos da comunidade esteiense, na perspectiva da promoção de atividades associativas. Seria uma contribuição à organização das pessoas desempregadas, para que elas assumissem novas ocupações no mercado de trabalho, buscando mais renda e melhoria em suas condições de vida.

O processo de incubagem implantado em Esteio foi uma iniciativa pioneira e considerada inovadora como projeto de geração de trabalho e renda. Deveria ser um modelo de ação do Poder Público no combate ao desemprego e à exclusão social em Esteio, promovendo ações de inserção social, a partir da inserção econômica. Foi uma busca de alternativas a um sistema que ainda continua desfavorável aos pobres trabalhadores esteienses.

A proposta, naquela época, visava à melhoria econômica da comunidade esteiense em situação de vulnerabilidade social, com ações em várias áreas. Segundo alguns vizinhos da incubadora desativada, incluía, entre elas, uma oficina de corte e costura, artesanato, pintura moda para mulheres, além de oficinas como alternativa de complemento da renda familiar. Varias turmas foram montadas e muitas mulheres capacitadas passaram a confeccionar e comercializar roupas e artesanatos. A experiência da incubadora de Esteio, infelizmente, foi tão mal-sucedida que a incubadora encerrou suas atividades, o prédio foi abandonado e fechado há muito tempo.

Agora muitos esteienses solicitam esclarecimento referente ao prédio da incubadora desativada, na Avenida Henrique de Paula Silveira, 13, que está abandonado sem água, energia elétrica e telefone com o fornecimento suspenso, vidros quebrados, computadores e móveis e utensílios “desaparecidos”, com todos projetos desativados.

Segundo um morador da Avenida João Frainer, que prefere não ser identificado, por motivos óbvios, o prédio foi cedido pela Metroplam para o Município de Esteio e só não está em piores condições porque o vizinho ao lado, um cidadão que ocupa um pequeno espaço fabricando sapatos, faz ás vezes de zelador. “Ele solicitou a ligação de energia elétrica para consumo da sua fabriqueta, mas um dia o pessoal da prefeitura foi lá e realizou uma “ligação complementar”, para ocupar o prédio ao lado, o da antiga incubadora. Ligaram no disjuntor da fabriqueta de calçados porque a empresa fornecedora de energia elétrica havia negado a religação por falta de condições técnicas!”, concluiu. (Sic...)

Será que a empresa fornecedora de energia elétrica não poderia vistoriar a tal “ligação complementar” (se é que ela existe), para tranqüilizar a vizinhança de que não foi feita uma “gambiarra” com cheiro de felino e que tudo está justo, em perfeitas condições de funcionamento? (Fotos: capturadas quarta-feira, dia: 22/07/2009, ás 11h 45min. e atualizadas em 28/07/2009).

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